O presidente da Associao Comercial e Industrial de Marlia (Acim), Srgio Lopes Sobrinho, continua com o questionamento junto s instituies financeiras que facilitam a emisso de cheques sem fundo, causando prejuzos ao comrcio em geral. preciso a criao de regras e compromissos claros na confeco de talonrios, disse o dirigente que j enviou ao Banco Central um documento neste sentido, em virtude das inmeras reclamaes de comerciantes de Marlia que esto com grande quantidade de cheques sem fundos. Qualquer pessoa consegue ter muitas folhas de cheque com saldo bancrio insuficiente, comentou. Sem contar os que sustam o pagamento sem qualquer justificativa, acrescentou.
Segundo o dirigente da Acim o nmero de cheques sem fundo recebidos no comrcio em geral disparou nos ltimos meses. Em recente levantamento constatou-se um acumulo de 1.769.841 cheques desse tipo somente no Estado de So Paulo num nico ms. Em 2008 foram 1.872.485 cheques sem fundos cadastrados em um ms. Isto pode ser explicado pela crise, o que no justifica. A desacelerao da economia e o anncio de demisses feito por grandes empresas geraram insegurana no consumidor, tentou explicar o presidente da Acim que acredita haver um aumento no volume de compras vista. S usa cheque pr-datado quem faz compra parcelado, falou ao fazer o alerta aos comerciantes. Vendas com cheque precisam de critrios especficos da loja, com consultas prvias de credirio, alm de cadastro na prpria empresa com documentos pessoais copiados, disse Srgio Lopes Sobrinho.
A indignao dos comerciantes quanto ao recebimento de cheques pelo fato de que muitos credores das lojas sustam o pagamento junto aos bancos, sem qualquer justificativa causando enormes prejuzos no comrcio em geral. Os bancos deveriam evitar este tipo de situao, ou garantirem o pagamento como forma de honrar a prtica do recebimento do cheque confeccionado por eles, opinou. E no o comerciante ficar com o prejuzo, pois alm de no ter a mercadoria de volta, no recebe o dinheiro da venda, disse em tom te desabafo. Os bancos deveriam se responsabilizar solidariamente, por terem entregues folhas de cheque sem critrios de segurana, opinou o presidente da Acim.
Diante deste impasse a orientao da Acim para que as lojas adotem critrios rgidos para aceitarem cheques, alm de utilizarem sistemas de proteo ao crdito junto aos vrios servios oferecidos pelo Servio Central de Proteo ao Crdito (SCPC) da Acim, bem como estimular as vendas vista com dinheiro. J que o prejuzo somente do comerciante, ficando o credor e o banco sem qualquer nus, que se dificulte a utilizao dos cheques, frisou Srgio Lopes Sobrinho solidrio aos comerciantes que se queixaram na Acim. |