Nossos recursos so limitados. Ficamos totalmente desgastados quando estamos no limite da canseira fsica, econmica e emocional. Mas ser que todos ficam da mesma forma quando esto em situaes semelhantes?
Usamos o 3o princpio como proteo, mas ser que algumas vezes paramos para pensar que os recursos dos outros tambm so limitados? Como lidamos com os recursos limitados de terceiros? Somos sempre pacientes e compreensivos? Ou intransigentes e exigentes demais? Somos capazes de compreender as dificuldades e at mesmo a ignorncia alheia? Ou ignoramos e desprezamos aqueles que muitas vezes que querem nos escutar e at mesmo nos ajudar?
Somos pais, devemos estabelecer limites para nossos filhos, mas antes de tudo, devemos nos limitar tambm. Devemos respeitar-nos, buscar ser respeitados e respeitar o outro em suas diferentes possibilidades e potencialidades.
No Grupo de Apoio, conseguimos trabalhar e desenvolver o limite de cada um e cada limite tem a sua funo. As diferentes possibilidades nascem das limitaes e muitas idias interessantes (que partem do Grupo de Apoio) so fruto de experincias que envolvem limites esgotados.
Quando viajamos de avio, somos comunicados que, em caso de emergncia, as mscaras de oxignio cairo e se estivermos ao lado de crianas e idosos, primeiro devemos colocar em ns e depois neles. Mas por qu? Se no tivermos bem oxigenados, no conseguiremos oferecer oxignio ningum.
Se no estivermos bem conosco mesmo, nunca conseguiremos fazer o bem a ningum. Se no tivermos recursos fresquinhos, nunca conseguiremos apoiar ningum. Essa alei da vida. Para dar limites a algum, temos que compreender e conhecer os nossos prprios limites. E para apoiar algum temos tambm que compreender e respeitar os seus limites.
No retorno de adictos para casa, assim como na reinsero social (momento em que a famlia est emocionalmente limitada e o adicto extremamente fraco) o Grupo de Apoio muito importante, pois ele quem vai ajudar a descobrir como trabalhar com esses limites.
Alm disso:
-Aceite seus limites e reflita sobre eles e como eles influenciam seu filho e outros que esto sua volta.
-Perceba a importncia de sua participao no tratamento.
-No mascare as dificuldades, assim torna-se difcil e quase impossvel encar-las de frente.
-Trabalhe o nvel de ansiedade familiar o fsico do adicto em recuperao no est limitado, mas o psicolgico est s no comeo de seu desenvolvimento.
-Ame, no superproteja.
-Apie e respeite a individualidade, despertando no filho o senso crtico, a coerncia.
-Mostre que ele pode procurar ajuda dentro da famlia para a resoluo de seus problemas.
-Oua, no s proba.
-No seja centralizados e controlador.
-Valorize uma vida saudvel, ajudando-o a fortalecer-se para vencer as frustraes, enfatizando amor vida e auto-estima.
Para pais que querem prevenir problemas antes que coisas ruins aconteam, alguns limites devem ser tomados:
-Jamais aplique limites a seu filho visando ao seu prprio interesse ou prazer pessoal.
-No viole regras; isso tambm falta de limites. Lembre-se: seu filho est permanentemente aprendendo com voc.
-No estabelea regras diferentes para seus filhos. O que vale para um, vale para todos. No uso limites como desculpa para sua pouca pacincia ou tolerncia quanto s necessidades dos filhos.
-A pretexto de usar limites, no espere que seu filho compreenda, aceite e se comporte alm do que as necessidades da idade permitem.
-No exacerbe seus direitos.
-E, especialmente, ao usar seus direitos, no esquea dos direitos dos seus filhos: amor, segurana, respeito, igualdade de tratamento, justia, disponibilidade de tempo dos pais.
Deus revela-se ao homem atravs do prprio homem: O melhor meio de amar ao prximo, revelando-lhe as faltas, compreendendo seus problemas e ajudando-o em todas as circunstncias.
Juliana Troya
Colaborao de Lucila Costa, coordenadora regional de Amor-Exigente em Marlia |
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