Título: Acim quer debater questão sobre aeroporto
 
Sérgio Lopes Sobrinho quer saber sobre o que pode, o que deve e o que é feito sobre acesso aeroviário
 
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), Sérgio Lopes Sobrinho, vai promover esta semana um encontro com lideranças da cidade de Marília, para debater a questão sobre o transporte aeroviário entre o município e a capital paulista. “Uma cidade como a nossa não pode ficar sem essa alternativa de acesso”, disse o dirigente que considera um absurdo qualquer problema de ameaça de paralisação neste sentido. “Não admito interromper”, falou. “Marília é o berço da TAM e não pode ficar sem uma assistência neste sentido”, comentou ao levar o problema para as últimas conseqüências. “É preciso conversar sério com quem decide”, disse.

Na opinião de Sérgio Lopes Sobrinho o primeiro passo é reunir as lideranças da cidade e discutir o assunto internamente. Em seguida é preciso, segundo o presidente da Acim, se reunir com a alta direção da Tam. “É preciso esclarecer essas questões do que é terceirizado, de quem é a concessão, quem tem os direitos e quais são os deveres”, falou ao ouvir muitas histórias sobre uma série de questões neste sentido. “Não podemos entrar nos detalhes comerciais, mas devemos saber quem manda no que?”, ressaltou ao lembrar que o aeroporto é da União, os equipamentos de uma empresa privada, e a Prefeitura Municipal responsável pela manutenção de algumas áreas.

Na conversa que teve com o Prefeito Municipal, Mário Bulgareli, e com alguns empresários, Sérgio Lopes Sobrinho acredita que um entendimento é possível. Na visão dele a interferência das agências reguladoras do Governo Federal (ANAC – Agencia Nacional da Aviação Comercial) é uma situação de acomodação empresarial. “Num primeiro momento os problemas se afloram, depois as coisas vão se acomodando dentro de uma nova realidade, mas nunca interromper”, acredita o dirigente, que manteve contato com a direção da Tam e da Anac e não vê a menor possibilidade de Marília não ter vôos regulares para São Paulo. “Não consigo enxergar essa possibilidade”, admitiu ao tomar conhecimento de algumas situações que desconhecia. “Não é possível que uma empresa área não dê este tipo de suporte aos empresários de Marília e região”, opinou.

O encontro ainda não tem data e horário confirmados, em razão da preocupação de se coincidir às agendas dos envolvidos. “Quero reunir políticos, empresários, representantes de classe, entidades do setor produtivo e demais usuários das linhas aéreas”, falou ao estudar a possibilidade de um encontro ainda esta semana. “O tempo é um adversário implacável”, falou. “Quem não puder se envolver diretamente, que permita que aqueles que querem ajudar façam o que for preciso”, explicou. “O que não podemos permitir é ficar refém de vaidades políticas, de inércia empresarial, de bobagens pessoais ou fofocas”, desabafou ao recordar tempos atrás, quando houve a reforma do aeroporto ou sobre os horários de vôo para a capital. “Vamos reunir quem quer ajudar para termos um grupo forte, e quem não puder ajudar de alguma forma, que permita que os outros façam algo para melhorar esta situação”, avisou.