Título: Comerciantes voltam a reclamar de entidade fantasma
 
José Augusto Gomes faz alerta para que comerciantes tomem cuidado com entidade ilícita
 
Um grande número de comerciantes da cidade de Marília tem procurado a Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim) para obter informação sobre uma entidade desconhecida de nome: Associação Comercial do Estado de São Paulo que emite cobrança bancária aleatoriamente para comerciantes do Estado de São Paulo, com o propósito de que a cobrança seja efetivada por descuido do próprio comerciante que não sabe do que se trata. “É mais um golpe, antigo por sinal, que o comerciante sofre constantemente”, disse o diretor administrativo da Acim, José Augusto Gomes, que tem recebido os comerciantes que querem saber do que se trata.

Segundo o dirigente da Acim esse golpe é comum e há mais de dez anos a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), estão questionando na Justiça a atividade ilícita desta associação de ação fantasma. “O problema é que muitos comerciantes se confundem e acabam pagando a cobrança bancária, estimulando ainda mais o golpe”, comentou José Augusto Gomes que alerta para que o lojista não pague nada sem ter o devido conhecimento e que tenha documentos que comprovem a emissão da cobrança bancária. “Neste caso a informação é a principal arma contra esse tipo de estelionato”, falou.

Webber Jo Ibara, sócio da Sociedade Comercial Ibara Ltda, da cidade de Marília, foi um dos que recebeu a cobrança e por não saber do que se tratava procurou a Associação Comercial e Industrial de Marília. “O comerciante quando tiver qualquer dúvida sobre pagamentos desconhecidos, fiscalização sem a devida apresentação, ou qualquer outra questão relacionada a empresa, deve procurar a Acim”, avisou José Augusto Gomes que vem recebendo inúmeras reclamações de comerciantes questionando a cobrança bancária em nome desta associação de atividade ilegal.

O empresário Wanderley Martins Mendes, do Colégio Interação foi outro empresário que recebeu material semelhante e que também buscou informações sobre a Associação Comercial do Estado de São Paulo e ao saber que se tratava de uma entidade de atividade fantasma, não fez o pagamento. “Apesar desta entidade ter CNPJ, ela não desenvolve nenhum trabalho para a classe empresarial, apenas querendo ser confundida com a Associação Comercial de São Paulo, que tem mais de 100 anos de trabalho no comércio paulistano”, justificou ao ratificar a atenção para que os comerciantes não paguem qualquer cobrança com o nome de Associação Comercial do Estado de São Paulo.